Segundo o dr. Marcelo Queiroga, ex-presidente da SBCI, mesmo que haja certa demora,tais inovações são revertidas posteriormente à população, mas o grande desafio ainda é a questão de acesso. “Atualmente, em função da crise econômica, há uma redução de recursos na área da saúde, sobretudo da pública. Então, um congresso como esse é muito bom para a comunidade mostrar suas experiências. Sabemos que existem os recursos, mas que nem sempre é para todos.” 

Dr. Luiz Antônio Campos, professor de cardiologia da UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro), explica que quando o paciente tem um infarto ou um AVC, por mais que as ações sejam rápidas sempre existirá uma sequela. “O ideal é que o tempo entre o início dos sintomas e o atendimento não ultrapasse seis horas. Mas, na prática, não é isso o que acontece. Além de o paciente demorar muito para procurar ajuda, o hospital pode não ter um serviço de hemodinâmica. Então, ele recebe trombolíticos (medicamento para dissolver o trombo que obstrui a artéria) para só então ser encaminhado para alguma unidade. Tudo isso acaba levando muito tempo também.”  

Daí vem a importância das campanhas de prevenção, para que o paciente tenha consciência de que alguns hábitos podem ser danosos para o coração e mude seu estilo de vida. Na eventualidade de um infarto ocorrer, o objetivo é informar para que ele consiga identificar a tempo os sintomas.